A suposta Rainha

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LILITH - A RAINHA DA NOITE


De acordo com J. Gordon Melton, "Lilith, uma das mais famosas figuras do folclore hebreu, originou-se de um espírito maligno, tempestuoso e que mais tarde se identificaou com a noite.....
Fazia parte de um grupo de espíritos malignos demoníacos dos americanos que incluíam Lillu, Ardat Lili e Irdu Lili." Segundo ele, Lilith apareceu também no Gilgamesh Epic babilônico (aproximadamente 2000 a. C.) como uma prostituta vampira que era incapaz de procriar e cujos seios estavam secos. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja (indicativos de vida noctívaga) que fugiu de casa perto do Rio Eufrates e se estabelece no deserto. Lilith aparece no Antigo Testamento quando Isaías ao descrever a vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como um sinal de desolação: "Lilith repousará lá e encontrará seu local de descanso" (Isaías 34:14) Lilith aparece em relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica entre outros textos apócrifos.

Na versão jeovística (da tradição religiosa hebraica) para o Gênesis, enriquecida pelos testemunhos orais dos rabinos consta que Lilith foi criada com pó negro e excrementos, condenada por Jeová-Deus a ser inferior ao homem. Considerando-se que Adão vivia no Jardim do Éden no pleno equilíbrio de sua sagrada androginia (pois fora criado a imagem e semelhança do criador), compreende-se como o surgimento da primeira mulher fez nascer um distanciamento entre Deus e Homem. Num outro texto, um comentário bíblico do Beresit-Rabba (rabi Oshajjah) a primeira mulher é descrita cheia de saliva e sangue, o que teria desagradado a Adão, de modo que Jeová-Deus "tornou a criá-la uma segunda vez". Lilith, então, veio ao mundo com os répteis e demônios feitos ao cair da noite do sexto dia da criação, uma sexta feira (segundo o Bereshit Rabba). Por isso, ela já fora criada como um demônio. (Lilith é representada como, rainha da Noite, mãe dos súcubos). Consumida a união carnal com Lilith, Adão teria mergulhado na angústia da paixão, vendo o seu distanciamento da divindade como um preço pelo êxtase orgasmatico que nunca sentira. Lilith foi citada pela edição hebraica e inglesa de "The Babylonian Talmud", organizada pelo rabi Epstein e publicado pela Socino Press, de Londres, em 1978. Aqui, Lilith aparece um demônio noturno de longos > cabelos, que perturba os homens. Segundo a tradição talmúdica, Lilith é a "Rainha do Mal", a Mãe dos Demônios e a Lua Negra. No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo de cólera". Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odia-lo como igual, resolveu abandona-lo. Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revoltou, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora; é o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios.

Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas. Desperto, Adão procura por Lilith e não a encontra: Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma; procurei e não a encontrei" (Cântico dos > Cânticos III, 1). Lilith partiu rumo ao mar vermelho (Diz-se que quando Adão insistiu em ficar por cima durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar Vermelho). Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica. É um lugar maldito, o que prova que Lilith se afirmou como um demônio, e é o seu caráter demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder. Desde então, Lilith tornou-se a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do SITRA ACHRA (aramaico, significa "outro lado"). Como conseqüência, deu à luz toda uma descendência demoníaca, conhecida como "Liliotes ou Linilins", na prodigiosa proporção de cem por dia. [Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela foi criada com "imundície" e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi criada da carne e do sangue de Adão).

Jehová-Deus tenta salvar a situação, primeiro ordenando-lhe que retorne e, depois, enviou ao seu encalço uma guarnição de três anjos, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, para tentar convencê-la; porém, uma vez mais e com grande fúria, ela se recusou a voltar. Lilith está irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo? Os anjos ainda ameaçaram: "Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti." Lilith , entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio Jeová-Deus. Ela está identificada com o lado demoníaco e não é mais a mulher de Adão. (Uma outra versão conta que esses mesmos anjos, a teriam condenado a vagar pela terra para sempre). Acasalando-se com os diabos, Lilith traz ao mundo cem demônios por dia, os Lilim, que são citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Jeová-Deus, por seu lado, inicia uma incontrolável matança dessas criaturas, que, por vingança, são enfurecidas pela sua genitora. Está declarada a guerra ao Pai. Os homens, as crianças, os inválidos e os recém-casados, são as principais vítimas da vingança de Lilith. Ela cumpre a sua maligna sorte e não descansará assim tão cedo. [Uma outra versão diz que foram os anjos que mataram os filhos que tivera com Adão. Tão rude golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com sua segunda esposa, Eva. Lilith Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas como os anjos a queriam impedir, fizeram-na prometer que, onde quer que visse seus nomes, ela não faria nenhum mal aos humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez um trato com eles: concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Não obstante, esse ódio contra Adão e contra sua nova (e segunda) mulher, Eva, resultou, para Lilith, no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações subseqüentes].

A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio, babilônico e hebraico. E são inúmeras as descrições que falam do pavor de suas investidas. Conta-se, por exemplo, que Lilith surpreendia os homens durante o sono e os envolvia com toda sua fúria sexual, aprisionando-os em sua lasciva demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores. Ela montava-lhes sobre o peito e, sufocando-os (pois se vingava por ter sido obrigada a ficar "por baixo" na relação com Adão, conduzia a penetração abrasante. Aqueles que resistiam e não morriam ficavam exangues e acabavam adoecendo. Por isso Lilith também está identificada com o tradicional vampiro. Seu destino era seduzir os homens, estrangular crianças e espalhar a morte.

Lilith Permaneceu como um item de tradição popular embora pouco tivesse sido escrito sobre ela quando da compilação do Talmude (século 6 a.C.) até o século 10. Sua biografia se expandiu em detalhes elaborados e muitas vezes contraditórios nos escritos dos antigos países hassídicos. Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmud, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o produto de tais uniões. No Zohar Hadasch (seção Utro, pag. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. Não foi grande o trabalho que Lilith teve para corromper a virtude de Adão, por ela maculada com seu beijo; o belo arcanjo Samael fez o mesmo para desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes... (Shabbath, fol. 146, recto)". Em outras partes, o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se Heva. Essa Heva, ou Eva, teria representado o papel da esposa de Adão no éden durante muito tempo, antes que o Senhor retirasse do flanco de Adão a verdadeira Eva (primitivamente chamada de Aixha, depois de Hecah ou Chavah). Das relações entre Adão e a Heva-serpente, teriam nascido legiões de larvas, de súcubos e de espíritos semiconscientes (elementares). Os rabinos fazem de Leviatã uma espécie de ser andrógino infernal, cuja a encarnação macho (Samael) é a "serpente insinuante" e a incarnação fêmea (Lilith), é a "cobra tortuosa" (ver o Sepher Annudé-Schib-a, fol. 51 col. 3 e 4). Segundo o Sepher Emmeck-Ameleh, esses dois seres serão aniquilados no fim dos tempos: "Nos tempos que virão o Altíssimo (bendito seja!) decapitará o ímpio Samael, pois está escrito (Is. XVII, 1): 'Nesse tempo Jeová com sua espada terrível visitará Leviatã, a serpente insinuante que é Samael e Leviatã, a cobra tortuosa que é Lilith' (fol. 130, col. 1, cap.XI)". Também segundo os rabinos, Lilith não é a única esposa de Samael; dão o nome de três outras: Aggarath, Nahemah e Mochlath. Mas das quatro demônias, só Lilith dividirá com o esposo a terrível punição, por tê-lo ajudado a seduzir Adão e Eva. Aggarath e Mochlath tem apenas um papel apagado, ao contrário do que acontece com as outras duas irmãs, Nahemah e Lilith.

No livro História da Magia, Eliphas Levi transcreve: "Há no inferno - dizem os cabalistas - duas rainhas dos vampiros, uma é Lilith, mãe dos abortos, a outra Nahema, a beleza fatal e assassina. Quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, quando se entrega aos descaminhos de uma paixão estéril, Deus retoma a esposa legítima e santa e entrega-o aos beijos de Nehema. Essa rainha dos vampiros sabe aparecer com todos os encantos da virgindade e do amor; afasta o coração dos pais, leva-os a abandonar os deveres e os filhos; traz a viuvez aos homens casados, força os homens devotados a Deus ao casamento sacrílego. Quando usurpa o título de esposa, é fácil reconhece-la: no dia do casamento está calva, porque os cabelos das mulheres são o véu do pudor e está proibido para ela neste dia; depois do casamento finge desespero e desgosto pela existência, prega o suicídio e afinal abandona violentamente aquele que resistir, deixando-o marcado com uma estrela infernal entre os olhos. Nahema pode ser mãe, mas não cri os filhos; entrega-os a Lilith, sua funesta irmã, para que os devore." (Sobre isso pode-se ver também o Dicionário Cabalístico de Rosenhoth e o tratado De Revolutionibus Animorum, 1.° e 3.° tomos da Kabala Denudata, 1684, 3 col. in-4.) Diz a lenda que depois que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, Lilith e suas asseclas, todas na forma de incubus/succubus, os atacaram, fazendo assim com que Adão procriasse muitos espíritos impuros e Eva mais ainda. Segundo a tradição judaica, Lilith faz os homens terem poluções noturnas para gerar filhos demônios . Há um costume, ainda praticado em Jerusalém, de espantar esses filhos do corpo morto de seu pai, andando em círculo com o cadáver antes do sepultamento e atirando moedas em diferentes direções para distrair os filhos demônios.

Durante a idade média, as histórias sobre Lilith se multiplicaram. Já foi, por exemplo, identificada como uma das duas mulheres que foram ao Rei Salomão para que ele decidisse qual das duas era a mãe de uma criança que ambas reivindicavam. Em outros escritos, foi identificada como a rainha de Sabá. Segundo uma antiga tradição judaica, Lilith apareceu a Salomão disfarçada na rainha de Sabá, uma visitante real da Etiópia ou da Arábia à corte do rei Salomão (I Reis 10). Sabá era um país pacífico, cheio de ouro e prata, cujas plantas eram irrigadas pelos rios do Paraíso. Por ter ouvido falar relatos sobre o seu maravilhoso país, o Reino de Sabá, e sua rainha de uma ave, cuja linguagem compreendia, Salomão desejava muito conhecer a rainha e ela desejava conhecê-lo devido à sua reputação de sábio, e queria fazer-lhe perguntas sobre magia e feitiçaria. Mas ele suspeitou que algo estava errado e conseguiu ludibria-la: Quando chegou, encontrou-o sentado em uma casa de vidro, e pensando que fosse água, levantou a saia, revelando pernas bem cobertas de pêlos, o que indicava que ela uma feiticeira. Não obstante, Salomão desposou-a e preparou uma poção para eliminar o pêlo de suas pernas. Conta-se, que a casa real da Etiópia alegava ser descendente da união de Salomão com a Rainha de Sabá, e os judeus negros da Etiópia, os falashes, localizam suas origens nos israelitas que o rei Salomão enviou com a rainha para a Etiópia. Outro descendente dessa união foi Nabucodonosor, que se tornou rei da Babilônia. Uma tradição totalmente diferente nega que tenha sido uma rainha quem veio visitar Salomão, afirmando que foi o rei de Sabá. Proteção conta Lilith: Lilith foi descrita como uma figura sedutora com longos cabelos, que voa como uma coruja noturna para atacar aqueles que dormem sozinhos, para roubar crianças e fazer mal a bebês recém-nascidos. Foi encontrada entre os elementos mais conservadores da comunidade judaica do século 19, uma forte crença na presença de Lilith, sendo que alguns deles podem ser visto ainda hoje. Lilith foi descrita como uma assassina de crianças para roubar suas almas. Ela atacava os bebês humanos, especialmente os nascidos de relações sexuais inadequadas. Se não consegue consumir crianças humanas ela come até mesmo sua própria prole demoníaca. Também é de opinião geral que foi Lilith quem provocou o ódio de Caim contra Abel, seu irmão, e levou-o a revoltar-se contra ele e matá-lo. Os homens eram alertados para não dormirem numa casa sozinhos para que Lilith não os surpreendesse. Em "O Livro das Bruxas", Shahrukh Husain relembrou um antigo conto judeu "Lilith e a Folha de Capin", de Jewish Folktales, que dizia que certa vez um judeu que foi seduzido por Lilith e ficou enfeitiçado por seus encantos. Mas ele estava muito perturbado com isso, e então foi ao Rabino Mordecai de Neschiz para pedir ajuda. Mas o rabino sabia por clarividência que o homem estava vindo, e avisou a todos os judeus da cidade para não deixa-lo entrar em suas casas ou dar-lhe lugar para dormir. Assim, quando o homem chegou não encontrou nenhum lugar para passar a noite e deitou-se num monte de feno num quintal. À meia-noite, Lilith apareceu e sussurrou-lhe: "Meu amor, saia desse feno e venha até aqui". Curioso, o homem perguntou: "Por que eu deveria ir até você? Você sempre vem a mim." Ela explicou-se dizendo: "Meu amor, nesse monte de feno há uma folha de capim que me causa alergia". O homem perguntou: "Então por que você não me mostra? Eu a jogo fora e você pode vir." Assim que Lilith a mostrou, o homem pegou a folha de capim e enrolou em seu pescoço, livrando-se para sempre do domínio dela. Lilith foi marcada como sendo especialmente odiosa para o acasalamento sexual normal dos indivíduos que ela atacava como succubi e incubi. Descarregava sua ira nas crianças humanas resultantes de tais acasalamentos ao sugar-lhes o sangue e estrangulando-as. Acrescentava, também, quaisquer complicações possíveis às mulheres que tentassem ter crianças - esterilidade, abortos etc. Por isso, Lilith passou a assemelhar-se a uma gama de seres vampíricos que se tornavam particularmente visíveis na hora do parto e cuja presença era usada para explicar problemas ou mortes inesperadas. Para combatê-los, os que acreditavam em Lilith desenvolveram rituais elaborados para bani-la de suas casas.

O exorcismo de Lilith e de quaisquer espíritos que a acompanhavam muitas vezes tomava a forma de um mandado de divórcio, expulsando-os nus noite adentro. Usam-se amuletos (em hebraico "kemea") como proteção contra demônios, mau olhado, doença, combater hemorragia nasal ou para fazer uma mulher estéril conceber, tornar fácil o parto, garantir a felicidade de um recém nascido, obter sabedoria e outros fins. Esses amuletos são textos e desenhos geralmente escritos em pequenos pedaços de pergaminho e incluem sinais mágicos, permutações de letras e os nomes de Deus (Agla, Tetragramaton, etc.) ou de anjos como o de Rafael, Gabriel ou dos poderosos anjos Sanvi, Sansavi e Samangelaf que garantem proteção contra Lilith, que ataca as mulheres no parto e causa a morte dos infantes. O amuleto é usado em volta do pescoço ou às vezes pendurado numa parede de casa. Para que um amuleto seja considerado eficaz, tem que ser escrito por uma pessoa santa (segundo a tradição judaica), exímia na prática da Cabala. Se a ele se mostrar eficaz na cura de alguém em três ocasiões diferentes, será então, comprovadamente, considerado um amuleto. Embora, aparentemente, amuletos tenham sido amplamente usados no período talmúdico, Maimônides e outros rabinos de mente mais voltada para a filosofia, como Ezequiel Landau, opunham-se a eles, considerando-os superstições vazias. Seu uso, no entanto, foi apoiado pelos místicos e pela crença popular. Até mesmo os cristãos buscavam amuletos com os judeus na Idade Média. Em muitas partes do mundo atual há pessoas que ainda usam amuletos representando os três Anjos que foram enviados em busca de Lilith (ou Lilah, como também é chamada, o que talvez nos tenha dado Da-Lila, também uma sedutora e tentadora.) Esses talismãs são usados porque, embora Lilith se recusasse a voltar, prometeu a esses três Anjos que, se visse os seus nomes inscritos junto de um recém-nascido, ela deteria sua mão e o pouparia - o que vem a ser o propósito do ritual. Um talismã típico é um círculo mágico no qual as palavra "Eva e Adão" barram a entrada de Lilith, habitualmente escritas com carvão na parede do aposento onde a criança está e em cuja porta estão escritos os nomes dos três anjos. A alternativa: "Não deixem Lilith entrar aqui" costuma ser escrita na cabeceira da cama da mulher que espera um filho, usando-se tinta vermelha (cor da planta de Marte). Como proteção contra ela costumava-se pendurar amuletos e talismãs na parede e sobre a cama para mantê-la afastada ou pregar amuletos com as palavras "Adão e Eva excluindo Lilith" nas paredes da casa em que uma mulher se preparava para o nascimento do filho.

No passado, o processo de nascimento era cercado de práticas mágicas com a intenção de proteger a mãe e o filho das forças demoníacas. Lilith tem inveja da alegria da maternidade, pois foi apartada do marido (Adão) logo no início de seu casamento. Ela constitui assim uma ameaça ao embrião. Também se sussurravam sortilégios no ouvido das mulheres para facilitar o trabalho de parto. A porta do quarto das crianças tinha os nomes dos três anjos escritos sobre ela, e, às vezes, cercava-se o quarto com um círculo de carvões ardentes. Nas vésperas de Shabat e da lua nova, quando uma criança sorri é porque Lilith está brincando com ela. Para livrá-la de qualquer mal, deve-se bater de leve três vezes em seu nariz pronunciando-se uma fórmula de proteção contra Lilith. Também crianças que riam no sono, acreditava-se, estavam brincando com Lilith e daí o perigo de morrerem em suas mãos. Na Idade Média era considerado perigoso beber água nos solstícios e equinócios, porque nessa época o sangue menstrual de Lilith pingava, poluindo líquidos expostos. Parece que Lilith é mais bondosa com as meninas porque estas só podem correr o risco da hostilidade a partir dos vinte anos, enquanto os meninos estão sob a mira das suas perversidade e malevolências até o seu oitavo aniversário.

No livro sobre "Magia das velas", encontramos uma versão moderna de um Talismã de Proteção Contra Lilith: "Se você quiser fazer um talismã de altar que o proteja de Lilith, e ele não precisa ficar restrito a esse uso, pode fazê-lo da seguinte maneira: pegue uma folha de papel forte, branco (o tamanho dependerá do espaço disponível). Desenhe nela um grande círculo preto, e dentro desse círculo desenhe outro menor. Divida esse círculo interior em três partes iguais de 120° e faça pequenas marcas nessas pontas. Una essas marcas para fazer um triângulo no centro do talismã. Nos três pontos em que o triângulo toca o círculo interior, entre o círculo interior e o exterior, escreva os três nomes angélicos - Sanvi, Sansavi e Semengalef - no sentido horário, um em cada ponta do triângulo. No meio do trecho, entre esses nomes, desenhe uma cruz. Coloque a vela para Lilith no centro do triângulo (Lilith é representada por uma vela branca que se tornou negativa com cera preta ou por uma vela preta), com uma vela para cada um dos três anjos do lado de fora do círculo exterior, , em oposição aos seus nomes (pode marcar as velas, se desejar) na ponta do triângulo. Só que não se deve deixar de observar infalivelmente neste ou em qualquer outro talismã, o seguinte: a linha que desenha o círculo exterior deve ser inteira, sem falhas, sem interrupções. Se necessário, desenhe-o de forma extraforte, para obter isso. Se o que está tentando é conter algo, não deve haver interrupções através das quais esse algo possa escapar ou engana-lo."

Segundo a tradição judaica, as influencias astrológicas determinam a vida de uma pessoa, mas Israel é diretamente guiado por Deus. Porém, enquanto os cabalistas e muitos rabinos medievais acreditavam que os céus eram "o livro da vida" e a astrologia a "ciência suprema", Maimônides repudiou tais idéias como superstições proibidas. No mapa astral, Lilith ou Lua Negra indica sedução e ânsia de liberdade. Influências que atingem nossas personalidades. A Lua exerce uma influência no inconsciente, nos sonhos, no sono, na memória, nas emoções e nas reações espontâneas. Segundo o astrólogo e tarórologo Hermínio Amorim, foi a partir de 1914, quando Lilith apareceu sob a influência de Plutão, que fez uma órbita longa até 1938, que as mulheres começaram os movimentos de libertação. Antes, Lilith aparecia sob influência do signo de câncer. Atualmente as mulheres vivem melhor sua sensualidade, sem culpa, sem medo de serem acusadas de bruxas, como antigamente. Os conteúdos psíquicos simbolizados pela Lilith são muitas vezes interpretados como raiz da libido. É claro que também são percebidos como > geradores de poderes paranormais, inclinação para bruxaria, mediunidade, > etc. De qualquer maneira, é uma potencialidade simbólica e inconsciente. Uma feminilidade que dura muito tempo foi oprimida e omitida (A Lua Negra. Na Idade Média foi personificada pela bruxa, contra a qual o homem, e principalmente a Igreja Católica, moveu uma das mais sangrentas perseguições de toda a sua história). De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem.


Bibliografia:

Ferreira, Fernando Mendes (editor). Revista AXÉ, ANO 1 N° 1. Publicação mensal da Ninja Comércio e Distribuidora Ltda., São Paulo/SP. Impressão: Brasiliana.

Guaita, Marie Victor Stanislas de. Le Temple de Satan (le Serpent de la Gênèse). Librairie du Merveilleux, Paris, 1891. Husain, Shahrukh.

O Livro das Bruxas (The Virago Book of Wtiches). Editora Objetiva LTDA, Rio de Janeiro, Brasil. 1995. Melton, J. Gordon.

The Vampire Book. Copyring © 1994 by Gale Research, uma divisão da International Thomson Publishing Inc.Sicuteri, Roberto.
Lilith, a Lua Negra. Ed. Paz e Terra, 1985.Unterman, Alan. Dictionary of Jewish Lore & Legend. Copring © 1991, Thames and Hudson Ltd, London

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A ERA DOS VAMPIROS



Como sabemos, o vampirismo é uma lenda presente desde tempos remotos e em diversas regiões, no entanto, no século XVIII assistimos a uma verdadeira avalanche de casos e histórias, quase todas oriundas da Europa Oriental, que colocou em polvorosa a opinião pública e despertou a curiosidade e o espanto de filósofos, religiosos e autoridades governamentais. Conhecido como o século das luzes, foi uma época em que o saber e a ciência davam passos consideráveis. Pensava-se que a razão tudo explicaria, e que crenças e supertições seriam coisas do passado. Por outro lado, as seitas místicas e esotéricas também aumentavam, o que fazia desta época, um tempo de contradições. Jornais franceses desta época chegaram a estampar reportagens sobre impressionantes histórias, que fazia do vampirismo um assunto dos mais destacados. Conta-se que neste tempo, em muitas regiões da Europa Oriental o vampirismo tornou-se uma verdadeira praga, atingindo dezenas de jovens, velhos, crianças e até mesmo animais. Por esta época, segundo as narrativas, hordas de mortos-vivos assombravam de forma horripilante vilas e aldeias, fala-se que a volúpia destes espectros era tamanha que seus cadáveres eram encontrados nadando em sangue por suas sepulturas. Diante tal realidade, as autoridades passaram a encarar o vampirismo, na medida em que tratava-se de uma epidemia incontrolável, segundo muitos relatos. Para se Ter uma idéia, conta-se que soberanos húngaros, chegaram a determinar a formação de comissões para estudar o fenômeno, considerado uma praga que colocava em risco o poder do estado e das autoridades constituídas. Neste tempo, chegou-se a determinar a incineração, decapitação e perfuração dos corações de todos os cadáveres de cemitérios, onde por ventura habitassem um ou mais vampiros, na medida em que supunha-se que o vírus do vampir poderia inclusive atingir os mortos que ali jaziam. Fala-se que nesta época, fogueiras ardiam por muito tempo incinerando diversos cadáveres suspeitos de vampirismo, e que durante estes grandes rituais de incineração, todos os animais que se encontrassem na proximidades também eram queimados, pois acreditava-se que os vampiros poderiam encarnar em alguns deles, escapando assim da destruição definitiva."Se há no mundo uma história provada, é a dos Vampiros..." Jean JacquesRousseau, Carta ao Arcebispo de Paris "Não falta nada: autos, certificados de homens notáveis, de cirurgiões, de magistrados. A prova jurídica é a mais completa. Com tudo isto, quem acredita pois nos Vampiros ?..." Jean Jacques Rosseau, Carta ao Arcebispo de Paris "Em certas regiões da Morávia, era muito comum homens mortos aparecerem na companhia dos vivos." D. Calmet, Dissertation sur les Revenants, Vampires, de Hongrie, Bohême et Moravie, III"As almas, possuídas por uma força estígia, voltam às vezes para cadáveresque tinham abandonado, e então, como se estivessem ressuscitadas, cumpremações horríveis..." H. C. Agrippa, A filosofia Oculta, Livro III, 41.

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A Camarilla


A Camarilla é a maior seita de mortos-vivos do planeta. Esta seita surgiu no século XV, com o propósito de manter a sociedade vampírica unida contra o poder da Inquisição. Podemos dizer que foram bem sucedidos.
Hoje, sete dos treze clãs existentes fazem parte da Camarilla. Porém, isso não significa que eles dominam o mundo eliminando qualquer um que se opõe a eles. Uma prova concreta desse fato é a existência do Sabá (seita explicitamente inimiga da Camarilla). Outro fator que enfraquece a Camarilla nos dias de hoje, é o fato dos anciões lutarem por suas posições importantes, com um intolerante ar de superioridade em relação aos mais jovens, que por sua vez, vêm desrespeitando os anciões cada vez mais. Logo, com todas essas intrigas dentro da Camarilla, ela vem enfraquecendo ao longo dos anos.
Mas com todos esses fatores negativos, a Camarilla ainda é dotada de um imenso poder.

Clãs pertencentes a Camarilla:
Brujah, Gangrel, Malkavian, Nosferatu, Toreador, Tremere e Ventrue.

Os Justicares
Estes sete vampiros poderosos são escolhidos pelo Círculo Interno para serem os olhos, mãos e punhos da Camarilla. Eles são a autoridade sobre a Camarilla e os Membros, com a exceção do Círculo Interno. Eles têm o poder de julgar aqueles que quebram as tradições, não havendo como mudar seu julgamento.

Os Arcontes
Se os Justicares são os olhos, mãos e punhos da Camarilla, os Arcontes são os olhos, mãos e punhos dos Justicares. Portanto seja cauteloso ao tomar suas decisões, pois um Arconte pode estar à espreita.

O Círculo Interno
A cada 13 anos este grupo se reúne em Veneza para discutir as leis da Camarilla e a eleição dos Justicares. Cada um dos sete clãs pode enviar um representante, geralmente o mais antigo do clã, sendo os únicos que podem votar. Outros membros podem participar, até mesmo discursar. Porém, apenas os anciões podem votar.


Texto enviado por Domício de Araújo Medeiros



Clãs Vampíricos



Existem, ao todo, 13 clãs de vampiros. Sendo que 7 pertencem a Camarilla, 2 ao Sabá e 4 são independentes.

Brujah
Brujah são os rebeldes entre os membros, questionando e resistindo as tradições. Rumores existem que em algum lugar no passado eles foram idealistas, mas o mundo moderno destruiu os sonhos de todos eles, menos dos anciões mais conversativos. Brujah também são mais facilmente afetados pelo frenesi que outros vampiros. Eles são mal organizados como um clã, perfazem o grosso dos anarquistas. Apesar disso, quando os Brujah concordam com alguma coisa, eles são um poder assustador. Encontros do clã são chamados de Rants e acontecem durante shows de rock.
Disciplinas: Potência, Rapidez e Presença.

Gangrel
Os Gangrel são os membros mais ligados ao seu lado animal. São ótimos guerreiros, porém não gostam muito de andar em grupos. São desligados das cidades e sendo, na maioria, nômades. Estes são os vampiros que todos conhecem por assumir forma de lobo, morcego e névoa.
Disciplinas: Metamorfose, Fortitude e Animalismo.

Malkavian
Os Malkavianos sofrem da maldição de Malkav - insanidade. Alguns dizem que foi Caim que os amaldiçoou. Os Malkavianos afirmam que através de sua loucura, eles podem ver coisas que os outros membros não podem. Alguns poucos Malkavianos afirmam que eles são todos interconectados por sua loucura compartilhada.
Disciplinas: Auspícios, Demência e Ofuscação.

Nosferatu
Com rostos que assustariam qualquer monstro de debaixo da cama, um membro do clã Nosferatu é instantaneamente reconhecido, a menos que ele use sua disciplina para disfarçar sua aparência revoltante. Todos os membros do clã Nosferatu sofrem desfigurações horrendas após o abraço. A partir daí eles nunca mais podem manter contato com humanos. Os Nosferatu vivem nas sombras de becos e rastejam nos esgotos. Em algumas cidades, eles também são mestres do sistema de metrô. Eles mantêm companhia com ratos, que servem como seus olhos e ouvidos. Os Nosferatu usam as disciplinas de ofuscação para se manterem escondidos de olhos mortais quando eles ousam se arriscar fora dos esgotos.
Laços de clã entre os Nosferatu são muitos fortes. Geralmente são os mais bem informados de todos os membros, pois pessoas geralmente não ligam muito para o que eles jogam no lixo ou no vaso sanitário.
Disciplinas: Ofuscação, Potência e Animalismo.

Toreador
O clã Toreador se dedica a arte em todas as suas formas. Para um Toreador, a tragédia da pós-vida os inspira em incontáveis maneiras, os mais emotivos de todos os vampiros. O Toreador possui memória sentimentalista que pode deixá-lo quase indefeso quando vem à tona.
Duas facções dividem o clã Toreador: os artistas e as musas. Os artistas tentam criar obras-primas da arte, enquanto as musas passam seu tempo admirando arte e fazendo fofocas em festas. O Toreador é um dos clãs mais influentes, constantemente envolvidos nos boatos locais e controlando o Elísio. Paris é o centro de poder dos Toreador.
Disciplinas: Rapidez, Auspícios e Presença.

Tremere
Dos sete clãs da Camarilla, apenas o Tremere não se origina de Caim. Eles foram criados quando um grupo de magos realizou um ritual para se tornar mortos-vivos, permitindo assim que eles continuassem a prática de sua arte através da eternidade. Os Tremere são temidos por muitos outros membros. Eles mantêm elementos de sua taumaturgia e possuem uma organização de clã superior a qualquer outra.
Em cada cidade aonde o clã mantém presença, ele constrói uma capela, aonde seus membros se reúnem e desenvolvem seus rituais. Os Tremere ciumentamente guardam os segredos de sua magia, e muitos outros clãs acusam os Tremere de conspirar contra eles.
Disciplinas: Auspícios, Dominação e Taumaturgia.

Ventrue
Os Ventrue afirmam que foram eles que fundaram a Camarilla. Eles são os mais tradicionais dos membros, algumas vezes mantendo costumes e estilos de roupas de séculos atrás. Muitos vampiros controlam agências do governo ou administram negócios. A grande maioria dos príncipes é do clã Ventrue.
Disciplinas: Dominação, Presença e Fortitude.

Lasombra
Eles podem ser considerados o coração do Sabá. Com suas mentes maquiavélicas se tornam perfeitos para liderar os grupos do Sabá. Eles admiram o que são e tiram o máximo de proveito disso. Rejeitam as ordens dos mais antigos, assim como Antediluvianos, e lutam fortemente contra a Jyhad. Eles são muito orgulhosos, e dificilmente tratam outro membro como um igual.
Disciplinas: Dominação, Tenebrosidade e Potência.

Tzimisce
Se o clã Lasombra é o coração do Sabá, os Tzimisce são a alma. São criaturas extremamente más, talvez um dos mais impiedosos. Consideram lixo e substituível para tudo que é mortal. Sábios, usam seus conhecimentos para derrubar seus inimigos. Os Tzimisce são um inimigo em potencial.
Disciplinas: Vicissitude, Auspícios e Animalismo.

Assamita
Um clã de assassinos. Geralmente contratados para realizarem pequenos serviços para outros membros, e seu preço é o sangue. Com medo, os outros clãs conspiraram para acabar com a sede de sangue dos Assamita. Portanto, os amaldiçoaram para não conseguirem tomar sangue vampírico novamente. Porém, recentemente, se livraram dessa maldição, e hoje em dia, caçam livremente os seus inimigos.
Disciplinas: Quietus, Rapidez e Ofuscação.

Seguidores de Set
Também conhecidos como Setitas, se dizem filhos de Set. Usam de drogas, sexo e violência para conseguirem o que querem. E esse método se mostra muito eficiente. Um outro membro deve se preocupar quando vê por perto um Setita. Dizem que eles são guardiões de segredos muito antigos. São orgulhosos ao dizerem que sangue de deuses corre em suas veias.
Disciplinas: Ofuscação, Presença e Serpentis.

Giovanni
Extremamente ricos e influentes, os Giovanni preferem se manter neutros. Embora seja esse o motivo pelo qual os outros membros vivem desconfiados. Cultivam a morte, estudando-a e, por que não dizer, praticando-a.
Disciplinas: Dominação, Necromancia e Potência.

Ravnos
Maliciosos e com um incrível senso de humor negro. Esta é a melhor definição para eles. Sempre viajando de cidade em cidade, os Ravnos usam de suas ilusões para tapear os mais tolos, ou até mesmo os mais sábios. Seu incrível poder de ilusão é uma de suas melhores armas.
Disciplinas: Animalismo, Quimeirismo e Fortitude.


Texto enviado por Domício de Araújo Medeiros



Disciplinas dos Vampiros


Disciplinas são os incríveis poderes que os vampiros podem ter. Desde derrubar paredes até descobrir os segredos mais profundos da mente alheia.

Animalismo
Assim como o próprio nome já diz, esse é o poder de lidar com os animais. Com ele você pode conversar com qualquer tipo de animal, convocá-los, encarnar no corpo deles, etc. Dizem que os mestres nessa disciplina são capazes de controlar a besta interior.

Auspícios
Com a disciplina Auspícios, os Membros são capazes de ouvir o bater do coração das pessoas, ver auras dos seres vivos, viajar longas distância sem ao menos sair do lugar, ler sua mente, etc. Portanto, de agora em diante, tome cuidado com o que pensa na presença de um vampiro.

Rapidez
O nome da disciplina já é bem claro. Com esse poder os vampiros, num piscar de olhos, se deslocam longas distâncias com incrível velocidade. Dizem que eles podem alcançar níveis que você não consegue ver nenhum movimento que o vampiro fez.

Dominação
Aqueles que forem alvos desse poder podem vir a fazer coisas que não queriam fazer. E, por mais que se esforcem, não conseguirão se livrar do comando. Se você não conseguir se lembrar de algo logo após que se encontrou com um vampiro, pode ter certeza que foi ele que fez com que você esquecesse.

Fortitude
Um vampiro com esse poder pode deixar de lado a preocupação com quedas de grandes alturas, ou até mesmo, atropelamentos. Seu corpo se torna tão resistente que até o dano que a luz do sol causa nos vampiros é reduzida. Dizem que aqueles que possuem altos níveis dessa disciplina se arriscam a sair nas sombras durante o dia.

Ofuscação
Com Ofuscação, um vampiro pode se fazer parecer com outra pessoa e tirar proveito disso, ou então desaparecer no meio de uma multidão ou pior ainda! Desaparecer diante de seus olhos! Portanto quando você estiver sozinho em casa assistindo televisão, você pode não estar exatamente sozinho.

Potência
Vampiros que derrubam paredes com um simples soco, viram carros, ou até mesmo caminhões, com suas próprias mãos, saltam a uma altura que parece que estão voando, etc. Bom, tudo isso é possível com essa disciplina.

Presença
Um grande político precisa conquistar a simpatia de toda população para obter sucesso em sua campanha. Agora imaginem alguém que tem o incrível pode de fazer com que todos simpatizem com ele, ou até mesmo que se tornem fascinados por ele! Com Presença, um vampiro pode fazer isso e muito mais. Dizem que eles podem até mesmo escravizar uma pessoa com esse incrível poder.

Metamorfose
Aquela velha história de que os vampiros podem se transformar em lobos e morcegos não são apenas bobagens. Com esse poder o vampiro é capaz de se transformar em animais e obter outras características que são ótimas para o combate ou para uma boa fuga.

Taumaturgia
A Taumaturgia é o poder que os Tremere criaram para adaptar suas magias ao sangue vampírico. Com esse poder eles podem realizar incríveis rituais ou adquirir linhas taumatúrgicas que podem fazer as coisas levitarem, lidar com a natureza, com o fogo, com as máquinas, etc.

Quimeirismo
Esse é o incrível poder das ilusões. O que você está vendo pode não ser real! Esse urso feroz que está na sua frente não é real!
Mas eu posso tocá-lo, sentir seu cheiro, e, além de tudo, ele me feriu!
Isso é o que você pensa ter sentido.

Melpominee
Esse poder demonstra, literalmente, o incrível poder da fala. Com ele você pode fazer as pessoas se encantarem com a sua música ou fazer com que todos os cristais da sala se estilhassem!

Necromancia
Essa disciplina consiste no estudo da morte. Com ele os membros podem sentir os mortos, conversar com os mortos, criar zumbis ou até mesmo descobrir segredos que acreditavam terem sido enterrados!

Demência
Este é o poder especial dos Malkavianos. Com ele, eles são capazes de fazer qualquer um cair no fantástico mundo da loucura! Eles podem fazer com que essa loucura dure apenas alguns dias ou até o resto de sua vida.

Tenebrosidade
Esse é o incrível poder dos Lasombra de manipular as sombras. Eles podem criar sombras, sufocar suas vítimas com suas sombras, ou então, viajar pelo mundo das sombras.

Serpentis
Este é o poder típico dos Seguidores de Set, e eles dizem que foi um presente do próprio Set. Através do olhar da serpente eles podem paralisar seus adversários, transformar sua pele em escamas, se transformar em serpente, etc. Dizem que os mestres nessa disciplina são capazes de extrair seus corações para se protegerem de ataques futuros.

Vicissitude
Este é o grande orgulho dos Tzimisce. Seu poder tão temido de moldar a carne, ossos, etc. Através dessa disciplina, eles são capazes de se transformar em monstros enormes ou de criar guarda-costas bastante poderosos. É normal encontrar criaturas como estas, capazes de realizar muitos ataques em um turno. Mas isso não quer dizer que eles sejam muito rápidos, e sim que possuem diversos membros!


Texto enviado por Domício de Araújo Medeiros



As Tradições Vampíricas


A Primeira Tradição: A Máscara
Não revelarás tua verdadeira natureza àqueles que não sejam do Sangue. Ao fazer isto, renunciará aos teus direitos de Sangue.

A Segunda Tradição: O Domínio
Teu domínio é tua inteira responsabilidade. Todos os outros devem-te respeito enquanto nele estiverem. Ninguém poderá desafiar tua palavra enquanto estiver em teu domínio.

A Terceira Tradição: A Progênie Apenas com a permissão de teu ancião gerarás outro de tua raça. Se criares sem a permissão de teu ancião, tu e tua progênie serão sacrificados.

A Quarta Tradição: A Responsabilidade
Aqueles que criares serão teus próprios filhos. Até que tua progênie seja liberada, tu os comandará em todas as coisas. Os pecados de teus filhos recairão sobre ti.

A Quinta Tradição: A Hospitalidade
Honrarás o domínio de teu próximo. Quando chegares a uma cidade estrangeira, tu te apresentarás perante aquele que a gerir. Sem a palavra de aceitação, tu não és nada.

A Sexta Tradição: A Destruição
Tu és proibido de destruir outro de tua espécie. O direito de destruição pertence apenas ao teu ancião. Apenas os mais antigos entre vós, convocarão a Caçada de Sangue.

[...]